Entenda por que ainda existe a desvalorização da mulher no mercado
Apesar de o Brasil ter mudado um pouco a forma como enxerga os papéis sociais, ainda enfrentamos problemas relacionados à desvalorização da mulher no mercado de trabalho. Tivemos avanços relativos a direitos e a conquistas femininas, isso é fato. No entanto, ainda lidamos com assédio, desigualdade e depreciação de capacidade intelectual desse grupo.
Só para você ter uma ideia, mulheres ganham, em média, 20,5% a menos que os homens, aqui no país, segundo o IBGE. E regiões menos desenvolvidas, como o Norte, por contarem com menos apoio e menos estrutura, tendem a sofrer mais com o problema.
O assunto é de fundamental reflexão, até porque é por meio dela que temos condições de alcançar mais igualdade e diminuir o preconceito ainda existente. Então, que tal conversarmos um pouco sobre isso? É só seguir nas próximas linhas!
Por que a mulher ainda é tão desvalorizada no mercado de trabalho?
Para entender a atual desvalorização da mulher no mercado de trabalho, é preciso olhar tanto para questões culturais e históricas quanto para fatores econômicos.
É fato que a depreciação com relação à mulher sempre existiu e já foi até mais forte séculos atrás. Bem antigamente, por exemplo, aquelas que iam contra as regras ditadas pela sociedade eram perseguidas pela igreja. Na época da Inquisição, muitas foram executadas de maneira cruel, por serem tidas como bruxas.
Até 1932, o público feminino não tinha o direito de votar. Jogar futebol também era proibido, já que o esporte não era considerado “adequado ao corpo feminino”. Isso só mudou em 1971.
Com o trabalho, a restrição também não era diferente. Até 1962, a mulher precisava da autorização do marido ou do pai se quisesse uma profissão. Contudo, a realidade é que muitas nem saíam de casa. Ou porque o homem proibia, ou porque se viam obrigadas a cuidar dos filhos e do lar.
E, infelizmente, ainda que algumas tivessem a sorte em ter alguém mais liberal ao lado, ainda não tinham tanta liberdade na escolha, já que, na época, ainda existiam as profissões para mulheres e aquelas específicas aos homens.
Faz pouco tempo que a mulher conquistou mais autonomia para decidir seu próprio destino profissional. Porém, ainda enfrenta a realidade da dupla ou tripla jornada.
Apesar de alguns ganhos de independência, a luta por mais poder persiste. Não é à toa que vemos, diariamente, na mídia, casos de violência doméstica. Inclusive, foi necessário criar uma lei, a Maria da Penha, em 2006, para criminalizar o ato cruel.
O fator econômico é percebido por meio do índice de desenvolvimento do país. Em geral, os mais evoluídos economicamente contam com mulheres mais instruídas na educação, o que contribui para que alcancem melhores oportunidades no mercado e, assim, diminuam a desigualdade.
Como reverter o cenário de desvalorização da mulher no mercado de trabalho?
Existem várias formas de conquistar mais mudanças. Veja algumas!
Mudar a cultura dentro de casa
Para transformar a sociedade, é preciso começar dentro de casa. Muitas vezes, o juízo de valor sobre determinado fato ou os pensamentos limitantes iniciam-se na infância.
Por exemplo, crescemos acreditando existir brinquedo de menina e brinquedo de menino. Nas lojas, são vendidos para elas conjuntos de casinhas e de panelas. Eles ficam com super-heróis, carrinhos e jogos de raciocínio. Pode parecer inocente à primeira vista, mas isso se reflete negativamente lá no futuro.
Piadas que difamam a capacidade feminina ainda são muito contadas e perpetuadas. Essa é outra forma de introjetar a ideia errônea da falta de capacidade delas. É preciso refletir sobre o significado por trás das brincadeiras e coibir que continuem sendo transmitidas.
Ainda, é importante compartilhar tarefas dentro de casa. Maridos e filhos meninos precisam entender que é papel de todos colaborar na limpeza e na organização, e que isso não é mera questão de “ajuda”.
Buscar mais igualdade de salário
Na profissão, é preciso continuar lutando pela igualdade salarial. É importante que a mulher se perceba tão capaz quanto os homens e que, por isso, tem direito a receber o mesmo valor pelo trabalho desempenhado. Às vezes, é necessário não esperar que alguém se dê conta da diferença existente. É preciso ir atrás, pedir aumento e mostrar as justificativas.
Aumentar as lideranças femininas
Muitos ainda acreditam que, para ser líder, é preciso ter traços masculinos. Contudo, se você realizar uma breve pesquisa sobre mulheres empreendedoras, verá que existem diversos exemplos inspiradores.
Assim, é fundamental romper o paradigma de pensamento e acreditar que elas também chegam lá. Entenda que a competência profissional tem a ver com a soma de conhecimentos, de experiência e de personalidade, e não com o gênero.
Enxergar a mulher como profissional
A mulher ainda é muito cobrada por padrões estéticos. Com isso, existe certo preconceito com quem alcança um cargo de poder na empresa. Algumas pessoas imaginam que a conquista se deu devido a atributos físicos, no lugar da capacidade ou da inteligência.
É importante não se restringir aos papéis sociais criados, os quais ditam que a mulher cuida dos filhos, e o homem é provedor do lar. É preciso acreditar mais na capacidade feminina.
As empresas têm de entender, ainda, as desvantagens de mulheres no mercado de trabalho, já que, se não forem incorporadas, a população empregada diminuirá, e isso causará impactos, como o aumento com previdência.
Dar apoio psicológico a outras mulheres
Além de tudo, é importante o apoio mútuo. Mulheres conquistaram e continuam conquistando muitas coisas. Contudo, ainda lidam com dificuldades e julgamentos que as fazem, por vezes, pensar que desistir é a melhor saída. A união dá mais força para enfrentar cada obstáculo.
Qual a importância da educação para fomentar o valor da mulher como profissional?
Para buscar mais valorização da mulher no mercado, é primordial, também, investir na educação. Um diploma aumenta a capacidade para assumir melhores vagas, dando mais oportunidade para que o público feminino conquiste cargos de liderança.
A graduação também contribui para a diminuição da violência. Uma pesquisa publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre feminicídio no Brasil mostrou que grande parte das vítimas tinha baixa escolaridade, até 8 anos de estudo.
Além disso, o investimento nos estudos é importante para a diminuição de problemas relacionados a desemprego na região Norte, por exemplo, que atualmente tem uma taxa de 11,7% de desocupados. Aumentando o volume de empregos, é mais fácil crescer o IDH da região e, com isso, conquistar mais igualdade de gênero.
Para isso, a dica é buscar uma graduação de qualidade, que dê a capacitação profissional necessária. A FAMA, Faculdade de Macapá, conta com professores preparados para prestar um ensino de ponta, de acordo com as exigências de cada carreira.
Outra ideia é orientar-se pela realidade do mercado de trabalho. Olhar para a economia da região Norte, saber as atividades de mais destaque e estar por dentro dos avanços trazidos pela tecnologia são atitudes que também aumentam as conquistas.
Tivemos muitas mudanças, com certeza. Mas a desvalorização da mulher ainda existe. Nosso papel, agora, é continuar combatendo desigualdades. É apenas com mais luta e estudo que mudaremos a forma como mulheres são vistas e faremos com que elas alcancem o destaque que tanto merecem.
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